Com o agravamento da crise hídrica, muitos Condomínios passaram a buscar alternativas que atenuassem o problema da seca nas torneiras, além de aumentarem os esforços para a mudança de hábitos dos moradores.

Individualização na Leitura dos Consumos das Unidades – A separação dos registros de água cria economia de até 38% no consumo de um Condomínio, e a maior parte dos novos edifícios já têm preparação para a implantação das medidas sem grandes custos. Porém, em prédios antigos, com muitas prumadas nas lajes, o custo para adaptação pode ser quase inviável.

Equipamentos – A instalação de arejadores para torneira e de restritores de vazão, bem como a compra de válvulas de descarga com duplo fluxo, bacias sanitárias com caixa acoplada e chuveiros com baixo consumo são medidas de custos mais baixos e de bons resultados. Uma torneira de uso geral com redutor de vazão, por exemplo, economiza até 50% em relação a uma convencional. A instalação nas áreas comuns dessas peças é simples. Difícil é a implantação nas unidades, pois com o tempo, as torneiras e chuveiros passam a ficar fora de linha e padrão. O ideal é uma campanha no Condomínio, onde cada morador contrate o fornecedor individualmente.

Captação da Água da Chuva – Em geral, esse item tem utilização para a rega de plantas e a lavagem do piso das dependências comuns do Condominio. Por isso, sua eficácia fica vinculada ao tamanho e às necessidades dessas áreas. O sistema que oferece água filtrada não potável é formada por calhas, tubulações, um reservatório, filtro e torneiras específicas – peças que tornam essa opção com custo alto.

Reuso de água – Os sistemas de reuso dependem da existência de um sistema com prumadas e tubulações independentes para água potável e não potável. Os prédios novos já possuem shafts (caixas por onde passam os canos), mas os antigos não. A necessidade de obras civis em prédios mais velhos para adaptá-los à condição de implantação do sistema torna muito onerosa essa solução a curto prazo. Além disso, nem todos os Condomínios tem demanda suficientemente grande para justificar o investimento.

Poço Artesiano – Os poços artesianos podem reduzir em até 15% os gastos mensais dos conjuntos. Para adotar essa solução, além da perfuração, o Condomínio precisa de uma estrutura com reservatórios, filtros e tanques, respeitando as normas da ABNT, além da perfuração e licença de uso pelo Departamento de Águas e Energia Elétrica de São Paulo. Além disso, é necessário espaço nas áreas comuns para a instalação dos equipamentos de perfuração, de grande porte. Não há garantia absoluta de que o poço escavado terá água disponível, e a qualidade do recurso varia de acordo com o local de retirada.

Caixa D’Água – Para reduzir o impacto do racionamento, que poderia chegar a cinco dias por semana em um pior cenário, alguns Condomínios estão comprando novas caixas d’água, no intuito de aumentar a capacidade de armazenagem. Os Síndicos, devem prever os custos de encanamento, bombeamento dessa água e integração ao sistema hidráulico. Caso as novas caixas fiquem no topo do prédio, será necessário um cálculo estrutural, uma vez que o sobrepeso em um determinado local poderá comprometer a estrutura do prédio.

Fonte: O Estado de São Paulo 01/02/2015.


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